segunda-feira, 12 de março de 2012

HPS promove curso Pacto AVC

Doença é primeira causa de óbito e incapacidade permanente em adultos no Brasil

O Hospital Pelópidas Silveira, localizado no Curado, promove, neste sábado (10/03), o curso Pacto AVC, para capacitar profissionais de saúde no atendimento aos pacientes com diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC) na fase aguda. A iniciativa visa promover maior eficácia na assistência ao AVC do tipo isquêmico e, assim, contribuir com a diminuição de riscos de sequelas e óbitos.
O curso é voltado para neurologistas, neurocirurgiões, intensivistas, cardiologistas, anestesiologistas, clínicos e enfermeiros de todo o Estado e será ministrado pela equipe do Dr. Alexandre Pieri, especialista, mestre e doutor em Neurologia Vascular pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo. 
                                              
O Protocolo de Tratamento Emergencial ao AVC inclui a administração do medicamento alteplase (rtPA). Trata-se do primeiro e único trombolítico (medicamento que dissolve o coágulo que obstrui a passagem do sangue para o cérebro) aprovado pelas principais diretrizes nacionais e internacionais de tratamento do AVC. Quando administrado no intervalo de zero a quatro horas e meia do início dos sintomas, o medicamento aumenta as chances de uma recuperação completa, sem sequelas, como incapacidade de fala, locomoção, distúrbios de memória e raciocínio.

“Além de oferecer capacitação aos profissionais para realização da trombólise com a medicação, o curso, pioneiro entre hospitais públicos na região Nordeste, introduz um fator de diferenciação àqueles que o realizam”, salienta a diretora de Ensino e Pesquisa do Hospital Pelópidas Silveira, Carolina Martins.

A previsão é que o tratamento, com o uso do trombolítico, esteja em uso no HPS no primeiro semestre de 2012, assim que a unidade abrir a emergência. “O Pelópidas é atualmente o único hospital público, em Pernambuco, a contar com equipe multidisciplinar, leito monitorizado e exames laboratoriais e de imagem (incluindo hemodinâmica). Com este curso, a unidade fica credenciada a usar este tratamento revolucionário para o tratamento do AVC isquêmico em fase aguda”, explica o superintendente do HPS, Caio Souza Leão.

Dados –
O AVC é a primeira causa de óbito e incapacidade permanente em adultos no Brasil e motivo de inúmeros internamentos nos hospitais públicos. A mortalidade, nos 30 dias que se seguem ao AVC isquêmico, é de aproximadamente 10%, podendo chegar a 40% ao final do primeiro ano. A maioria dos pacientes que sobrevivem à fase aguda necessita de reabilitação, sendo que aproximadamente 70% não retomam a seus trabalhos devido à gravidade das sequelas neurológicas e 30% precisam de ajuda para se locomover.

A criação de unidades de AVC, compostas por profissionais especializados no tratamento, resultam em redução de 18% na mortalidade, de 29% na dependência de cuidados de terceiros e de 25% de redução na necessidade de internação hospitalar prolongada. O uso da medicação trombolítica, aplicada no paciente em até 4,5h após o início do sintomas, promove a recanalização do vaso cerebral obstruído, revertendo o quadro em 1/3 dos casos.

Postado por Hozana Araújo
Fonte/SES

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