quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Governador inaugura Hospital Pelópidas Silveira

Unidade será o primeiro hospital neuro-cárdio do SUS no País

O Sistema Único de Saúde em Pernambuco ganha, nesta quinta-feira (08/12), um dos hospitais mais modernos e especializados do País, incluindo a rede privada. Após dois anos de obras e um investimento total de cerca de R$ 109 milhões, começa a funcionar o Hospital Pelópidas Silveira (HPS), o terceiro metropolitano construído no governo Eduardo Campos e o primeiro neuro-cárdio do SUS no Brasil, ou seja, pioneiro em oferecer gratuitamente assistência médica em todas as especialidades das áreas de neurologia, neurocirurgia e cardiologia. Às 10h30, o governador, ao lado do ministro Alexandre Padilha e do secretário Antônio Carlos Figueira, inaugura a unidade, com 12.734 metros quadrados de área construída em um terreno no km 06 da BR-232, no Curado, Recife.
“O Pelópidas é um marco da tecnologia e estrutura de ponta na saúde do Brasil, com o atendimento de qualidade e o cuidado com o paciente que caracteriza os outros dois hospitais metropolitanos, o Miguel Arraes e o Dom Helder”, explica o secretário Antonio Carlos Figueira. Do custo total do hospital, R$ 86 milhões foram destinados a obras e R$ 23 milhões, gastos em equipamentos. Entre os aparelhos de última geração, estão um sistema de hemodinâmica, um tomógrafo computadorizado e um raio-x com mesa de comando digital.
Em sua estrutura, a unidade conta com 160 leitos, distribuídos da seguinte maneira: Neurologia Clínica (28), Neurologia Cirúrgica (56), Cardiologia Clínica (20), Cirurgia Cardiovascular (04), Cardiologia Intervencionista (04), UTI Neurológica (18), UTI Cardiológica (05), Unidade Coronariana (05) e observação na emergência (20). Além desses, há ainda 18 leitos, sendo 10 na sala de recuperação pós-anestésica e 8 reversíveis na emergência.
Com atendimento de urgência e emergência em Cardiologia e Neurologia clínica e Neurocirurgia Vascular, o HPS atenderá pacientes infartados ou com outras doenças do coração, aneurisma, acidente vascular cerebral (AVC) e tumores cerebrais, entre outros. Entre os exames especializados, oferecerá cateterismo, tomografia, ultrassonografia e polissonografia (pata detectar doenças do sono). Com esse perfil de assistência médica, ajudará a desafogar os hospitais da Restauração, Getúlio Vargas e Regional do Agreste, nas áreas de neurologia e neurocirurgia, e Agamenon Magalhães e Dom Helder, em Cardiologia.
Assim como o Miguel Arraes e o Dom Helder, o Pelópidas Silveira funcionará como unidade referenciada, ou seja, destinada a pacientes encaminhados pelo Samu, Corpo de Bombeiros, UPAs ou Central de Regulação de Leitos. Esse é um modelo de gestão que busca otimizar os serviços e fazer com que doentes graves não disputem espaço com pacientes com viroses, febres e com pequenos cortes.
A unidade funcionará 24h por dia e terá capacidade para realizar, anualmente, 31.738 consultas, 5.040 internações e 43.470 atendimentos de urgência, nas especialidades de Cardiologia Clínica e Cirúrgica, Radiologia Intervencionista, Neurologia e Neurocirurgia para pacientes adultos. O ambulatório é destinado para os pacientes egressos, ou seja, para pacientes internados ou acompanhados, após atendimentos e cirurgias no próprio hospital.
O Pelópidas funcionará integrado às UPAs de São Lourenço da Mata, Curado e Torrões, formando um cinturão de emergência que ajudará a desafogar os hospitais do Recife, a exemplo da Restauração e do Getúlio Vargas, além de oferecer atendimento de urgência mais rápido e eficiente para a população da Zona Oeste do Recife e pacientes acidentados trazidos do Interior pela BR-232.
ETAPAS DE FUNCIONAMENTO – Assim como todo hospital, o Pelópidas segue um cronograma de implantação e ampliação dos serviços. “Para que a estrutura funcione bem e os serviços sejam integrados, tanto internamente como à toda rede, além da testagem dos equipamentos e acomodação das estruturas, é importante seguir um cronograma e administrar de forma organizada o fluxo crescente”, explica a secretária-executiva de Assistência à Saúde, Tereza Campos. Inicialmente, no ato da inauguração, passam a funcionar a neurocirurgia, a UTI, enfermaria neuroclínica e exames de apoio ao diagnóstico. No dia 15/12, abrem a enfermaria e a emergência neuro-cárdio. No dia 15 de janeiro de 2012, começam a ser feitas as cirurgias cardíacas, e então o hospital atinge 100% de sua capacidade
GERÊNCIA - O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) será responsável pela administração do hospital. A organização foi selecionada através de edital para seleção, e receberá um teto anual de R$ 64,9 milhões para gerir a unidade.
O hospital é um patrimônio público e o Imip terá que prestar contas, trimestralmente, devendo atingir metas quantitativas e qualitativas em seus serviços oferecidos, conforme o contrato de gestão. Todos os serviços totalmente gratuitos e voltados, exclusivamente, para pacientes do SUS.
HOMENAGEM – Pela importância de sua luta em prol do povo pernambucano e pela personalidade marcante na Política do Estado, o ex-prefeito do Recife foi homenageado com o nome do hospital. Engenheiro e político, Pelópidas nasceu no Recife, em 15 de abril de 1915. Formado pela Escola de Engenharia de Pernambuco, trabalhou no Porto do Recife, na construção de estradas no interior do Estado e foi também professor das escolas de Engenharia e Arquitetura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Na política, foi prefeito do Recife em três ocasiões: em 1946, nomeado pelo interventor estadual José Domingues da Silva; a segunda, de 1955 a 1959, eleito através do voto direto, pela Frente do Recife (PSB, PCB e PTB); e de 1963 a 1964, eleito pelo PSB/PTB. Em 1958, foi eleito vice-governador do Estado, na chapa encabeçada por Cid Sampaio. Em 1963, no Governo de Miguel Arraes, foi nomeado secretário Estadual de Viação.
Em 10 de abril de 1964, quando cumpria seu terceiro mandato de prefeito do Recife, Pelópidas foi cassado e preso pelo regime militar, ficando na prisão até 15 de dezembro daquele ano. Em 1965, foi compulsoriamente aposentado, juntamente com outros professores da UFPE. Em 1980, beneficiado pela Anistia, foi reintegrado à UFPE e voltou a ensinar na Escola de Engenharia. Em 6 de setembro de 2008, aos 93 anos, Pelópidas da Silveira faleceu por falência múltipla dos órgãos. (Postado por Hozana Araújo).

Fonte/SES

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...