Objetivo é criar, posteriormente, planos para evitar a mortalidade
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A Secretaria Estadual de Saúde (SES) lançou, na manhã da terça-feira (13/12), o Manual de Ações de Investigações de Óbitos de Mulheres em Idade Fértil e Óbitos Maternos. O material será entregue a todas as equipes de Saúde da Família, dos Cantos Mãe Coruja e das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios, que, a partir de agora, ficarão responsáveis pelas investigações de óbitos das gestantes – antes, o trabalho ficava apenas com a Vigilância Epidemiológica. “Agora, o profissional que está na ponta, que conhece a comunidade, estará à frente dessa avaliação”, afirmou a coordenadora do Programa de Combate à Mortalidade Materna, Hérika Dantas.
A coordenadora lembra que, desde 2010, foram feitos 58 cursos para capacitar as equipes nos moldes do atual manual, que terá seu uso colocado na prática a partir de janeiro de 2012. “As equipes vão buscar alguém próximo à mulher para colher as informações. É preciso saber toda a trajetória, do início da gravidez até a hora do óbito, para que se tenha um quadro da situação e um resultado real da causa da morte”, explicou Hérika.
As informações serão analisadas pelos Comitês de Estudo de Mortalidade Materna, existentes no município e com um estadual. “A mortalidade materna é evitável, em sua grande maioria, e se configura como uma violação dos direitos reprodutivos e direitos humanos de mulheres e um grade problema de saúde pública”, ratificou a gerente de Atenção à Saúde da Mulher, Ana Renata Lemos.
Por ano, em Pernambuco, há uma média de 3 mil óbitos de mulher em idade fértil e, desses, 77% são investigados. Quando analisadas as causas das mortes maternas, percebe-se que a hipertensão da gravidez/eclampsia é a principal causa. “Ações de pré-natal e de assistência ao parto podem ajudar a diminuir o número de casos”, pontuou Hérika Dantas. (Postado por Hozana Araújo)
Fonte/SES
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