terça-feira, 11 de outubro de 2011

OMS alerta: uma criança fica cega no mundo, a cada minuto, por falta de cuidados

Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que, a cada minuto, uma criança fica cega no mundo por falta de tratamento adequado contra doenças sistêmicas (sarampo, rubéola e meningite).
Ferimentos na cabeça ou problemas visuais não detectados no nascimento e nos primeiros anos da vida escolar também são causas da perda da visão.
Ainda segundo os dados da agência, cerca de 40% das causas de cegueira infantil são evitáveis ou tratáveis. Felizmente, as doenças sistêmicas citadas pela OMS são preveníveis com vacinas.
Mas há outras disfunções, como a toxoplasmose (transmitida por alimentos preparados de forma inadequada, como carnes ou verduras contaminadas) e a toxocaríase (causada por parasitas que têm os cães como hospedeiros), que podem ser evitadas através de políticas de saúde pública e orientações às gestantes.
É o que diz a oftalmopediatra Dorotéia Matsuura, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB). Ela frisa que todas essas situações, às vezes minimizadas por pais, professores e responsáveis, podem trazer prejuízos para a visão das crianças.
A oftalmologista do HOB salienta ainda que essas doenças sempre emitem sinais que podem ser percebidos pelos pais ou diagnosticados em consultas médicas.
Todo quadro febril, dores de cabeça ou no pescoço, acompanhadas de manchas vermelhas na pele, tosse, coriza ou conjuntivite devem ser considerado suspeito, independentemente da situação vacinal ou da idade.
Dessa maneira, Dorotéia aconselha que, quando uma criança apresentar esses sintomas, deve ser encaminhada para uma consulta médica com urgência.
A oftalmopediatra explica também que a visão das crianças é prejudicada por causa das sequelas deixadas por várias doenças. O diagnóstico precoce, no entanto, permite um tratamento mais seguro e diminui os riscos de perda de visão.
Além disso, algumas enfermidades oculares podem ser detectadas ao nascimento, quando a criança ainda está no berçário. “A catarata congênita, o retinoblastoma (tumor ocular) e as malformações oculares devem ser diagnosticados na triagem do teste do olhinho, realizado na maternidade”, ressalta Dorotéia Matsuura.
A médica salienta que, quando algum desses problemas fica evidente no teste, o tratamento deve ser de urgência para que a criança tenha as condições ideais para o bom desenvolvimento visual.

Fonte/OMS

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